domingo, 25 de julho de 2010

Morangos mofados.



Respire o tédio e deixe desabrochar o som de sua essência. Ele fica correndo dentro de corpos ambulantes em ritmos alucinados. Engula-o e transforme-o em arte. Em seguida, deixe sair o que há de mais insano em você. Com tanto pulsar em suas paredes internas, o que sair para o mundo, pode ser mais útil do que você imagina. Pode ser a chave de que precisa. O frenesi do qual havia sonhado por tantos pesadelos. São morangos mofados. Por fora os poros alivia todo o odor de putrefato. Por dentro os vermes brincam de balanço na parte mais carnuda do fruto.



Deyvid Braga Notario.